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Habitação: comprar ou esperar? targetlink logo

As dúvidas instalam-se, é perfeitamente compreensível. Com o aumento das taxas de juro, muitos são aqueles que julgam que os preços das casas ou apartamentos podem vir a baixar e, assim, esperar por uma melhor oportunidade de compra.

Comprar agora ou esperar que o preço caia? Qual a melhor alternativa?

Os preços vão mesmo cair?

Muito se tem escrito e falado sobre os impactos do aumento da inflação. Nós próprios, temos procurado explicar aos nossos clientes os possíveis impactos que o aumento da inflação pode provocar no mercado imobiliário.

No que respeita a um possível impacto no preço das casas em Portugal, a subida das taxas de juro – consequência do aumento da inflação – pode originar numa correção em baixa pelo facto que, por essa via, os portugueses perdem poder de compra.

O crédito mais caro – logo menos acessível à generalidade dos compradores de habitação própria e permanente que recorrem ao mesmo para o efeito – provoca essa redução no poder de compra na habitação.

Ora com um menor poder de compra, é expectável que os preços corrijam em baixa.

Adicionalmente, o aumento das taxas de juro pode ainda provocar – pelo menos alguns assim o acreditam – um aumento do crédito malparado, originando algumas oportunidades de compra a preços mais baixos.

Independentemente das causas ou expectativas sobre uma descida futura dos preços das casas em Portugal, a questão coloca-se: se os preços vão cair, não será melhor esperar para comprar casa?

Será o preço, per si, a questão mais importante?

Quando alguém decide comprar uma casa deve ter bem presente que essa sua decisão deverá ser ponderada e pensada para um prazo longo. Pouco sentido fará adquirir uma habitação para uso próprio se perspetivamos vir a necessitar da mesma durante um curto espaço de tempo.

O preço de compra, claro está, é uma variável sempre importante. O comprador tem de estar informado sobre as condições de mercado, quer ao nível de preços como ao nível do financiamento, para tomar decisões acertadas e informadas e não colocar em causa o seu futuro.

No entanto, a decisão de aquisição própria e permanente deve estar intrinsecamente ligada a outros fatores que vão muito além do preço de compra: localização, tipologia, áreas, acessibilidades, serviços e equipamentos nas proximidades, distância ao local de emprego e às escolas dos filhos, distância de familiares mais próximos, vizinhança, transportes públicos.

Tudo isto deve estar muito bem alinhado com as necessidades e expectativas do comprador mas sobretudo com o prazo temporal que perspetiva vir a ocupar a casa que pretende comprar.

Por isso, antes de comprar ou de olhar para os preços, olhe para si mesmo, para a sua vida, perspetive o seu futuro, defina bem as suas necessidades e então sim, comece a procurar e a analisar tudo o resto. Porque mesmo que os preços venham a cair, no longo prazo, a história já nos ensinou que voltam a recuperar e a subir ainda mais.

Bons negócios!
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